No Brasil, no dia 2 de junho de 2014, foi sancionada a Lei que institui o Dia da Mulher Negra. Essa data também é o dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola. Desde então, o dia 25 de julho fica marcado para trazer à memória o marco internacional de luta e resistência da mulher negra, reafirmando a necessidade de lutar contra o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem com a discriminação racial e de gênero.
 

O Instituto de Terras e Cartografias do Rio de Janeiro fala sobre, neste domingo (25), o Quilombo de Maria Romana, localizada em Tamoios, 2º distrito de Cabo Frio, que totaliza cerca de 1.700 habitantes.
 

A comunidade foi formada nas terras adquiridas por Elias Barreto, escravo que trabalhou com sua companheira Romana da Conceição, por cerca de 30 anos, para pagar as suas terras. No ano de 1924, as terras foram registradas no nome de Maria Romana, a filha de Elias e Romana. Com o passar dos anos, algumas famílias deixaram a comunidade para morar próximo aos centros urbanos em busca oportunidades de trabalho, contudo, laços familiares e sociais se mantiveram.

Os quilombolas significam muito mais do que apenas uma representação de resistência ao poder escravagista. Quilombo é a representação da continuidade étnica, religiosa, de liberdade e a continuidade da ancestralidade dos ali presentes.

Assegurando essa memória de Maria Romana, o ITERJ vem realizando fiscalização na obra de construção do Galpão Sede na Comunidade. A fiscalização tem sido realizada pelo servidor Deivisson Oliveira, técnico da Gerência de Projetos. Ao todo, serão 103 assentados beneficiados com o projeto, sendo 73 na Maria Romana e 30 no Preto Forro. A última vistoria realizada pelo Instituto foi nesta quinta-feira (22), feita pela equipe da Baixada Litorânea.

Relembrando a memória de Maria Romana e falando sobre a Comunidade, o ITERJ deseja que esse dia seja mais um símbolo dessa luta e resistência diária das mulheres negras do Brasil.