O sol é pra todos

Sábado, 14 de Julho de 2012

Secretaria de Habitação implementa nos assentamentos rurais no estado projetos que preveem aumento da produção com ações que aliam geração de renda e sustentabilidade

Rio - Poucas ideias têm a simplicidade e a força da frase de que o sol nasce para todos. Não distingue fronteiras, classes, raças. Como anfitrião da Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, o estado atrai a atenção mundial e tem de demonstrar ser capaz de combinar crescimento econômico, inclusão social e preservação ambiental. E provar que aqui, lugar ensolarado e tropical, as oportunidades fazem morada.

Sustentabilidade vai além do controle dos impactos ambientais. Estamos fazendo o dever de casa, literalmente. Bom exemplo é o programa de Assentamentos Sustentáveis: agricultores têm o título de propriedade da terra, equipamentos, sementes, mudas e o escoamento da produção sem depender dos atravessadores, que tomam até 50% da renda gerada pelos alimentos.

Os assentados assumem a responsabilidade de reflorestar a área, garantir reservas de água para proteger a área de incêndios e viabilizar o crescimento das mudas. O uso de técnicas não agressivas de cultivo e manejo permitirá um selo de origem para agregar valor aos produtos. O que trará preços melhores, graças à preocupação crescente dos consumidores em saber de onde vêm e como foram cultivados e processados os alimentos.

Tornar o campo uma opção atraente, diminuindo a pressão sobre as cidades, exige garantir qualidade de vida, a começar pela moradia. Na Fazenda Engenho Novo, em São Gonçalo, o governo ergue casas com janelas amplas, para facilitar a iluminação natural e a circulação do ar. As paredes têm tratamento térmico, para aumentar o conforto e economizar energia. Calhas e telhados são posicionados de forma a captar a chuva. Os telhados têm painéis solares para aquecer a água.

Tudo graças ao uso inteligente de fonte de luz, calor e energia barata e transformadora, capaz de ajudar a gerar oportunidades suficientes para corrigir séculos de injustiça e preconceito. Não é por acaso que os programas de posse da terra, assistência e moradia digna chegaram ao Preto Forro, em Cabo Frio, primeiro quilombo registrado oficialmente em cartório no Estado. No Rio, nosso dever de casa é fazer valer todo dia uma verdade clara e libertadora: o sol nasce para todos.

» Publicado originalmente pelo Jornal O Dia

 
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