Conheça a exposição fotográfica do servidor Ricardo Alves

Terça-feira 25 de Dezembro de 2018

Conheça a exposição fotográfica do servidor Ricardo Alves sobre as comunidades quilombolas de Cabo Frio assistidas pelo ITERJ  


A exposição fotográfica "Terra de Quilombo, retrato de uma etnia" reúne fotografias de comunidades quilombolas remanescentes da Região dos Lagos, tendo como cenário a cultura dos quilombos remanescentes atendidos pelo ITERJ: "Preto Forro", "Maria Romana", "Botafogo", "Maria Joaquina" e "Fazenda Espírito Santo". As imagens foram registradas pelo servidor fotógrafo Ricardo Alves. A mostra fica em cartaz até o dia 19 de janeiro de 2019 no Museu de Arte Religiosa e Tradicional de Cabo Frio (Mart), localizado no Convento Nossa Senhora dos Anjos, no Largo de Santo Antônio, no Centro de Cabo Frio. 


Como você começou a usar a fotografia nas comunidades quilombolas?


RICARDO ALVES Meu trabalho fotográfico começou com as comunidades tradicionais, praticamente a atividade nos quilombos foi a continuação da fotografia que eu já realizava nos assentamentos rurais sobre a questão da luta pelo direito à terra. A primeira comunidade quilombola remanescente que eu conheci foi "Preto Forro", em seguida "Maria Romana", "Espírito Santo", "Botafogo" e "Maria Joaquina". 

 

Qual é o principal objetivo da exposição? 


RICARDO ALVES É dar visibilidade para uma realidade que praticamente poucos conhecem em Cabo Frio e assim contribuir para a autoestima do povo quilombola perante a luta diária, para a recuperação e fortalecimento da dignidade dos quilombos e principalmente dizer para a sociedade que existem cidadãos com antepassados que trabalharam e morreram para a construção daquela região e do país. Hoje infelizmente a cultura quilombola tem pouca visibilidade social, apesar de ainda contribuírem para a economia e a vida cultural da cidade de Cabo Frio. 


A exposição conta com os quilombos "Preto Forro", "Maria Romana", "Botafogo", "Maria Joaquina" e "Fazenda Espírito Santo", localizados em Cabo Frio. Há alguma intenção de expansão do projeto para outras comunidades? 

 

RICARDO ALVES Sim, existem outras comunidades, como "Sobara" e "Prodígio", localizadas em Araruama, e "Baía Formosa" e "Rasa", em Búzios. Todas com a mesma história de luta e resistência das comunidades retratadas hoje na exposição do Mart. A ideia é tentar envolver as outras comunidades, para que se possa formar uma unidade visual dos quilombos da Região dos Lagos.

 

Como aconteceu o convite para a exposição? 


RICARDO ALVES O convite nasceu de uma parceria com o Museu para a organização da Feira Ecológica do Convento, onde as comunidades quilombolas, além das vendas, realizam vários eventos culturais e se tornaram uma referência de cultura e arte na cidade de Cabo Frio. 

 

A inauguração contou com a participação dos protagonistas da exposição. Você lembra de alguma fala emocionante de algum quilombola na época? 


RICARDO ALVES Posso dizer, inicialmente, que mais do que fotógrafo, sou um cidadão brasileiro que acredita na luta das comunidades remanescentes quilombolas e também como servidor do ITERJ, que atua nas comunidades quilombolas da região, foi de uma importância ímpar participar da exposição. Não me recordo quem exatamente falou, durante a entrevista da TV local, essa frase: “a gente sempre nunca pensou que seríamos o motivo maior nessa noite de festa, hoje somos muito importantes! E nunca pensei que um dia entraria no museu de Cabo Frio”. Isso, além do reconhecimento, respeito e confiança do povo quilombola pelo meu trabalho, é também um laço de amizade estabelecido. A exposição é deles, eu apenas fui o mentor visual de uma beleza e dignidade que está dentro da alma quilombola. 


        Conheça um pouco da sensibilidade da exposição: 


1. Ser quilombola. Identidade
Rayane 
Comunidade Remanescente do Quilombo Preto Forro, em Cabo Frio.


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2. O retrato. Memória e transformação.
     Amararildo
    Comunidade Remanescente do Quilombo do Espírito Santo, em Cabo Frio.

 

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3. Terra. Alimento e história
Dona Leonídia
Comunidade Remanescente do Quilombo de Preto Forro, em Cabo Frio.

 

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4. Esperança. Sonhos de uma etnia.
Ana Claúdia
Comunidade Remanescente do Quilombo de Preto Forro, em Cabo Frio.

 

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Programa-se: O Museu de Arte Religiosa e Tradicional de Cabo Frio funciona no Convento Nossa Senhora dos Anjos, no Largo de Santo Antônio, Centro de Cabo Frio, terça à sexta-feira das 10 às 17h. Sábados e feriados, das 14 às 18h.
 

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