Como construir oportunidades no campo

Segunda-feira, 18 de Junho de 2018

Ponto de venda no lar de Juciara Ramalho e Alex Peres

Por Roberta Sá

 

Às margens dos quilômetros 13 a 19 da Rodovia Ary Schiavo (RJ-125), na esfera de competência do município de Miguel Pereira, Centro Sul Fluminense, é possível ver um ponto de venda com uma estrutura retangular de azulejos bicolores, com frutas penduradas, frascos de mel sob a bancada e, ao fundo, o lar da família de Juciara Ramalho e Alex Peres, que residem em um dos 99 lotes do Assentamento Rural Fazenda Paes Leme. 

 

Não é fácil ser pequeno agricultor nos campos brasileiros sob domínio dos latifundiários. Diante disso, são necessárias políticas e ações efetivas para a redução da desigualdade social, as quais possibilitariam oportunidades de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos mais desfavorecidos na sociedade. A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), por exemplo, é um dos caminhos para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades rurais e, consequentemente, para a garantia da permanência das famílias no território. 

 

"A Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), por exemplo, é um dos caminhos para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades rurais e, consequentemente, para a garantia da permanência das famílias no território". 

 

O primeiro desafio da equipe do ITERJ no trabalho de ATER é o desenvolvimento da percepção dos assentados. Um exemplo positivo é o casal Juciara Ramalho e Alex Peres. Os profissionais da Autarquia conseguiram despertar a atenção dos cônjuges para os recursos que eles têm à disposição e como eles poderiam explorá-los economicamente.

 

“A jaca foi a primeira abordagem que, ao ser testada, deu certo. Jaciara começou a vender a fruta no portão do sítio. O marido, Alex, sempre gostou de lidar com abelhas, por isso o convidamos e o orientamos sobre como é produzir mel de forma diferente. Ele aprendeu a técnica e, agora, tem um comportamento diferente em relação à cultura agrícola”, conta José Maurício da Silva, técnico do ITERJ e responsável pelo assentamento.

 

A história do casal é só um dos vários exemplos bem-sucedidos no Assentamento Rural Fazenda Paes Leme. Hoje, as famílias produzem e comercializam banana, maracujá, mandioca, jaca, mel, queijo, ervas aromáticas, doces caseiros, plantas ornamentais, entre outros produtos. “Está em discussão um projeto de piscicultura em parceria com a Prefeitura de Miguel Pereira e a FIPERJ. Também se busca um contato inicial com o CEFET Miguel Pereira e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) para fins de orientação técnica para a atividade de turismo rural”, relata José Maurício.   

 

E assim, descobrindo os sonhos e as vocações dos agricultores do assentamento de Paes Leme, é possível ajudá-los a construir uma realidade com mais oportunidades e novas perspectivas.

 

O ITERJ também está no Twitter: https://twitter.com/iterj1

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