Atlas Fundiário do Rio de Janeiro

Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2019

O "Atlas Fundiário do Rio de Janeiro" já está disponível para download no portal do ITERJ. Essa publicação contém informações históricas, geográficas, econômicas e sociais sobre a estrutura fundiária do estado fluminense, englobando os aspectos históricos, a estrutura agrária, as distorções no uso do solo e os conflitos pela posse da terra no território estadual. O Atlas, publicado em 1991, é um importante instrumento para estudos de especialistas e instituições que trabalham com a questão fundiária de interesse social e também para todos os cidadãos que queiram compreender o território do Rio de Janeiro.

 

Álvaro Ferreira, historiador do ITERJ, explica que 

 

“apesar da circulação restrita, o Atlas, pelo amplo escopo, tornou-se obra de referência para pesquisadores, sobretudo das humanidades, que se debruçam sobre o campo fluminense e até hoje continua sendo citado. Nele trabalharam, entre diversos outros profissionais, jovens historiadores que depois viriam a seguir carreira acadêmica estudando sindicatos rurais e questões fundiárias como Mário Grynszpan e Márcia Menendes Motta, hoje na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e na Universidade Federal Fluminense (UFF).  Como obra de síntese, arrisco-me a dizer que está no mesmo patamar de Evolução Urbana do Rio de Janeiro de Maurício de Abreu (lembrando que o trabalho só garantiu repercussão mais amplas graças à sua publicação, anos depois, em 1987, pela Zahar, ao passo que o Atlas se lançou fora do mercado editorial). Além da qualidade intrínseca, o Atlas revela outra, menos óbvia: o esforço do Estado em sistematizar saberes para guiar, em bases mais sólidas, a política agrária e fundiária fluminense, no que, infelizmente, por uma série de fatores, não foi bem sucedido”.

 

Nos planos da instituição, há um projeto para a edição de um novo atlas fundiário de interesse social, sendo que o foco agora será o recorte dos assentamentos rurais assistidos pelo ITERJ, evidenciando as particularidades presentes nos núcleos de povoamento rurais constituídos nas diferentes regiões administrativas do governo fluminense. Isso é um passo não só para oferecer subsídios para pesquisadores, mas para a evolução das políticas de regularização fundiária que promovam o desenvolvimento socioeconômico e sustentável das comunidades rurais. Bruno Sobral, engenheiro agrícola e ambiental, afirma que isso é significativo “para que o ITERJ consiga elaborar políticas públicas eficientes que atendam, de fato, os anseios de suas comunidades rurais, é de suma importância conhecê-las melhor sob os aspectos social, econômico e ambiental”. 


Faça o download em: http://www.iterj.rj.gov.br/iterj_site/atlas

 

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